Sábado à
tarde
Ano
Bíblico: 2Rs 18, 19
VERSO
PARA MEMORIZAR:
“Buscai o
bem e não o mal, para que vivais; e, assim, o Senhor, o Deus dos Exércitos,
estará convosco, como dizeis” (Am 5:14).
Leituras
da Semana:
Am 5:1-15; Hb 5:14; Is 5:20; Am
7:10-17; 9:11-15; At 15:13-18
Pensamento-chave:
Amós nos lembra que existe vida apenas quando buscamos o Senhor.
Houvessem
os filhos de Israel sido leais ao Senhor, Ele teria cumprido Seu desígnio,
honrando-os e exaltando-os. Houvessem andado nos caminhos da obediência, Ele os
teria exaltado “sobre todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para
glória” (Dt 26:19, RC). “Todos os povos da Terra verão que és chamado pelo nome
do Senhor”, disse Moisés, “e terão temor de ti” (Dt 28:10, RC). “Os povos [...]
ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente
sábia e inteligente” (Dt 4:6). Devido a sua infidelidade, porém, o desígnio de
Deus só pôde ser executado por meio de contínua adversidade e humilhação (Ellen
G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 28).
Nesta
semana, enquanto continuamos a estudar o livro de Amós, veremos ainda mais as
maneiras pelas quais o Senhor apelou ao Seu povo para abandonar seus pecados e
voltar a Ele, a única verdadeira fonte de vida. No fim, temos apenas uma entre
duas opções: vida ou morte. Não há meio termo. Amós nos mostra um pouco mais
sobre as grandes diferenças entre essas escolhas.
Topo
Ano Bíblico: 2Rs 20, 21
Odiar o mal, amar o bem
As coisas tinham se tornado muito ruins em
Israel. Havia corrupção, opressão e pecado. Chegou o momento em que a própria
sobrevivência da nação estava em jogo. Por essa razão, Amós compôs um cântico
fúnebre para lamentar a iminente morte de Israel (Am 5:1-15). Muitas vezes, nos
livros proféticos, não se faz distinção entre a palavra do profeta e a palavra
do Senhor. Assim, a lamentação de Amós é também a lamentação de Deus sobre
Israel.
O objetivo desse cântico fúnebre era estimular
as pessoas a encarar a realidade. Se elas persistissem em seus pecados,
certamente morreriam. Se, por outro lado, rejeitassem o mal e voltassem para
Deus, viveriam. Em Sua perfeição de caráter, o Senhor espera de Seu povo
conformidade com a Sua vontade.
1. Como se aprende a odiar o mal e amar o bem?
Am 5:14, 15; Hb 5:14; Rm 12:9; Pv 8:36
Amós convida as pessoas não apenas a parar de
procurar o mal, mas também a odiá-lo e amar o bem. Nesta seção, as ordens são
progressivas. Na Bíblia, os verbos amar e odiar (em hebraico ‘ahav e śane’),
muitas vezes se referem a decisões e ações, e não simplesmente a sentimentos e
atitudes. Em outras palavras, a mudança na atitude das pessoas leva à mudança
em suas ações.
2. Nesse contexto, que advertência é encontrada
em Isaías 5:20?
“Todo o que nesse dia mau se dispuser a servir
a Deus com destemor, segundo os ditames de sua consciência, necessitará de
coragem, firmeza e conhecimento de Deus e Sua Palavra. Os que forem fiéis a
Deus serão perseguidos, seus motivos impugnados, desvirtuados seus melhores
esforços e seus nomes repudiados como perversos. Satanás trabalhará com todo o
seu poder enganador para influenciar o coração e obscurecer o entendimento, a
fim de que o mal pareça bem, e o bem mal” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos,
p. 431).
Se podemos ser levados a chamar o mal bem e o
bem mal, como podemos aprender a amar o bem e odiar o mal? Qual é a nossa única
proteção contra esse engano?
Topo
Segunda
Ano Bíblico: 2Rs 22, 23
Religião habitual
3. Leia Amós 5:23, 24, Oseias 6:6, Mateus 9:13
e Salmo 51:17. Qual é o princípio apresentado nesses textos e como aplicá-lo na
vida espiritual? Podemos ser culpados de fazer exatamente o que devemos evitar?
Mais do que a maioria dos outros livros da
Bíblia, Amós focaliza a injustiça, crueldade e desumanidade. Ele também apresenta
a perspectiva divina sobre tais práticas. Amós pregou que Deus desprezava os
rituais vazios do formalismo morto das pessoas, e Ele as chamava para a
reforma. O Senhor não estava satisfeito com as formas de adoração exteriores e
vazias oferecidas a Ele por aqueles que, ao mesmo tempo, estavam oprimindo os
semelhantes para obter ganho pessoal. A vida deles revelava que haviam perdido
de vista a essência do que significa seguir ao Senhor. Eles também tiveram uma
compreensão totalmente errada do significado mais profundo de Sua lei.
Na verdade, Deus rejeitou seus rituais
religiosos porque não procediam da fé. As palavras mais importantes de Amós
5:1-15 estão na ordem para buscar ao Senhor e viver (Am 5:6). A atitude de
buscar ao Senhor é contrastada com o ato de fazer peregrinações aos famosos
centros religiosos em Betel, Gilgal, e Berseba (Am 5:5), três cidades com
santuários que estavam destinados à destruição.
O que Deus realmente queria era justiça e
retidão na Terra. A ordem de “buscar ao Senhor” é paralela à ordem de “buscar o
bem”. O Senhor chamou o remanescente a se distanciar das más práticas, do
formalismo religioso, e deixar que a retidão corra como um rio; e a justiça,
como um ribeiro perene. Embora a justiça envolva o estabelecimento do que é
certo diante de Deus, a retidão é a qualidade de vida em relação a Deus e aos
outros na comunidade. A imagem aqui apresentada é a de um povo religioso, cuja
religião tinha sido degenerada em nada, senão formas e ritos sem a mudança de
coração que deve acompanhar a verdadeira fé (Dt 10:16). Devemos ter muito
cuidado!
Topo
Terça
Ano Bíblico: 2Rs 24, 25
Chamado para ser profeta
Amós era de Tecoa, em Judá, mas Deus o enviou
para profetizar em Israel. Ele foi ao reino do norte e pregou com tal poder que
a terra não podia “sofrer todas as suas palavras” (Am 7:10). Certamente, muitos
israelitas olharam para Amós com suspeita e o rejeitaram como mensageiro de
Deus. Apesar da rejeição, ele cumpriu fielmente seu ministério profético.
4. Leia Amós 7:10-17. Como o profeta foi
recebido? Que outros exemplos bíblicos revelam a mesma atitude? O que
aprendemos com esses exemplos?
Entre os que não gostaram da pregação de Amós
estava Amazias, sacerdote de Betel, que acusou o profeta de conspiração contra
o rei de Israel. Betel foi um dos dois santuários reais, os próprios centros do
culto apóstata. Amós havia predito em público que, se Israel não se
arrependesse, seu rei morreria pela espada e o povo seria levado cativo.
Amazias ordenou que Amós voltasse para a terra de Judá, onde suas mensagens
contra Israel seriam mais populares.
Em sua resposta ao sacerdote, Amós afirmou que
seu chamado profético viera de Deus. Alegou que não era um profeta profissional
que podia ser contratado para profetizar. Amós se distanciou dos profetas
profissionais que profetizavam em busca de ganho.
Falar a verdade não garante a aceitação, porque
a verdade às vezes pode ser desconfortável e, se ela perturba os que estão no
poder, pode despertar séria oposição. O chamado de Deus impeliu Amós a pregar
de maneira tão franca e corajosa contra os pecados do rei e da nobreza do reino
do norte que ele foi acusado de traição.
Qual é a nossa atitude quando ouvimos que
nossas ações e nosso estilo de vida são pecaminosos e trarão punição sobre nós?
O que nossa resposta diz sobre nós mesmos e sobre a necessidade de uma mudança
de coração e atitude?
Topo
Quarta
Ano Bíblico: 1Cr 1–3
O pior tipo de fome
5. “Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que
enviarei fome sobre a Terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as
palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão
por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão” (Am 8:11, 12).
Como devemos entender esses versos?
Em Amós 8, o profeta descreve os efeitos
devastadores do juízo de Deus sobre o Israel impenitente. Deus punirá o povo
por seus pecados enviando fome sobre a Terra. Mas nos versos 11 e 12, o profeta
fala de fome e sede da Palavra de Deus. Essa tragédia se destacará acima de
todas as outras, porque Ele ficará em silêncio, e nenhuma outra fome poderá ser
pior.
Muitas vezes, quando o povo de Israel
experimentava grande angústia, ele se voltava para o Senhor em busca de uma
palavra profética, na esperança de orientação. Dessa vez, a resposta de Deus
consistirá no silêncio. Uma parte do juízo de Deus sobre Seu povo será a
retirada de Sua Palavra por meio dos Seus profetas.
Se o povo de Deus continuar a ser desobediente,
diz o profeta, virá o tempo em que eles estarão ansiosos para ouvir a mensagem,
mas será tarde demais para voltar à Palavra de Deus, na esperança de escapar do
juízo. Esse é o resultado da recusa persistente de Israel em ouvir a mensagem
de Deus por intermédio de Amós. Como Saul antes de sua última batalha (1 Sm
28:6), as pessoas um dia perceberão o quanto precisam da Palavra de Deus.
Uma população inteira procurará freneticamente
a Palavra de Deus, a mesma Palavra que foi ignorada no tempo do profeta. Os
jovens serão especialmente afetados. Enquanto as gerações anteriores tinham
ouvido e rejeitado a Palavra de Deus, os jovens nunca terão a oportunidade de
ouvir a proclamação profética.
6. Quais são os efeitos terríveis do silêncio
de Deus? 1Sm 14:37; Sl 74:9; Pv 1:28; Lm 2:9; Os 5:6; Mq 3:5-7
De que forma é possível silenciar a voz de Deus
em nossa vida? Por mais assustador que seja esse pensamento, reflita sobre suas
implicações. Como podemos ter certeza de que isso não acontecerá conosco?
Topo
Quinta
Ano Bíblico: 1Cr 4–6
A restauração de Judá
O profeta se voltou da imagem obscura do pecado
do povo e juízos resultantes para as promessas gloriosas da futura restauração
(Am 9:11-15). O dia do Senhor, anteriormente descrito como dia do castigo (Am
5:18), agora é um dia de salvação, porque salvação, não punição, é a última
palavra de Deus para Seu povo. No entanto, a salvação virá depois da punição,
não em lugar dela.
Em meio a toda escuridão e destruição, Amós
encerrou seu livro com uma mensagem de esperança. Diante da perspectiva de um
exílio imediato, a dinastia de Davi havia caído tão fundo que já não podia ser
chamada de casa, mas de cabana. Porém, o reino de Davi seria renovado e unido
sob um único governante. Para além das fronteiras de Israel, outras nações
invocariam o nome de Deus e desfrutariam de Suas bênçãos, juntamente com
Israel. O livro termina com essa nota feliz e esperançosa.
Os profetas bíblicos não ensinaram que a
punição divina existia por causa da punição em si. Por trás de quase todas as
advertências estava o chamado para salvação. Embora a ameaça de exílio fosse
iminente, o Senhor encorajou o remanescente com a promessa de restauração para
a Terra. O remanescente desfrutaria da renovação da aliança. Os que
experimentassem o juízo veriam Deus agindo para salvar e restaurar.
7. Qual é o cumprimento final das promessas de
Amós sobre a restauração do povo de Deus? Lc 1:32, 33; At 15:13-18
Muitos professores judeus consideravam Amós
9:11 uma promessa messiânica dada a Abrão, reafirmada a Davi, e expressa ao
longo do Antigo Testamento. O novo rei da linhagem de Davi reinará sobre muitas
nações, em cumprimento da promessa de Deus a Abrão (Gn 12:1-3). O Messias
reinará até mesmo sobre os inimigos, como Edom. As ruínas restauradas do povo
de Deus nunca mais serão destruídas.
Por meio da vinda de Jesus Cristo, o maior
Filho de Davi, Deus cumpriu Sua bondosa promessa. Tiago citou essa passagem de
Amós para mostrar que a porta da salvação está aberta para que os gentios
participem plenamente dos privilégios da aliança confiada à igreja. No Messias
prometido, descendente de Abraão e Davi, Deus ofereceria Suas bênçãos
redentoras a judeus e gentios.
O cumprimento final dessas promessas a todos os
que as aceitam, judeus ou gentios, será visto apenas na segunda vinda de
Cristo. Como podemos manter viva essa esperança e promessa, não permitindo que
ela desapareça em meio às tensões da vida?
Sexta
Ano Bíblico: 1Cr 7–9
Estudo adicional
Nossa posição diante de Deus depende, não da
quantidade de luz que temos recebido, mas do uso que fazemos da que possuímos.
Assim, mesmo o pagão que prefere o direito, na proporção em que lhe é possível
distingui-lo, acha-se em condições mais favoráveis do que os que têm grande luz
e professam servir a Deus, mas desatendem a essa luz e, por sua vida diária,
contradizem sua profissão de fé” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as
Nações, p. 239).
Perguntas para reflexão
1. Você odeia o mal e ama o bem, ou chama o mal
bem e o bem mal? Por que esse perigo prevalece especialmente quando a cultura e
a sociedade começam a mudar seus valores de forma a aceitar determinados
comportamentos, estilos de vida e atitudes claramente condenadas na Bíblia? Não
somos imunes às tendências culturais e sociais em que estamos imersos, não é
verdade? Pense nas mudanças que aconteceram em sua cultura e sociedade ao longo
dos anos. Por exemplo, que coisas antes consideradas vergonhosas e proibidas,
agora são abertamente expressas, praticadas e consideradas boas ou, pelo menos,
“não estão erradas”? Como essas mudanças afetaram as atitudes da igreja em
relação a essas coisas? O que podemos fazer para não cair na armadilha perigosa
de chamar o mal bem? Ao mesmo tempo, que mudanças culturais para o bem têm
influenciado a igreja em um bom caminho, um modo que reflita mais de perto os
princípios de amor e aceitação revelados pela vida de Jesus?
2. Pense mais na ideia de “fome” da Palavra de
Deus. De que modo é provável que isso aconteça? Será que o Senhor esconderá
propositalmente a verdade das pessoas, ou será que as atitudes delas as
tornarão totalmente fechadas à Palavra?
3. Como adventistas do sétimo dia que têm
tantos motivos para acreditar nas verdades recebidas, não estamos em perigo de
pensar que nosso conhecimento dessas verdades é tudo de que precisamos? Como as
verdades com as quais fomos abençoados devem afetar nossa maneira de viver e
interagir com os outros, na igreja e em nossa comunidade? Como podemos viver as
verdades que nos foram confiadas? Por que isso é tão importante?
Respostas sugestivas: 1. Procurando o bem e não
o mal; estabelecendo a justiça; crescendo espiritualmente pelo conhecimento e
prática da Palavra de Deus; apegando-se ao bem e à sabedoria. 2. “Ai dos que ao
mal chamam bem [...]; que fazem da escuridade luz [...]; põem o amargo por doce
[...]” 3. Se não praticamos a justiça, o som dos cânticos de louvor e dos
instrumentos musicais não têm valor diante de Deus; misericórdia e conhecimento
de Deus são mais importantes do que sacrifícios; arrependimento tem mais valor
do que aparência de justiça. 4. Foi perseguido e acusado de conspiração.
Jeremias, Zacarias (2Cr 24) e Elias também foram rejeitados, porque as pessoas
não queriam ouvir a mensagem de Deus. 5. O Senhor deixaria de Se revelar ao
povo, indicando Sua separação do povo rebelde. No futuro, o Espírito Santo será
retirado dos pecadores impenitentes. 6. Saul não obteve resposta de Deus. O
rompimento da comunicação com Deus destrói a prosperidade material; os que
rejeitam a Deus, depois O procuram e não encontram; os profetas ficarão
envergonhados. 7. O reinado do Messias sobre Israel e todas as nações que O
aceitarem.






.jpg)
